terça-feira, 22 de janeiro de 2013

GM ( SJC) E AS DEMISSÕES


22/01/2013 07h35 - Atualizado em 22/01/2013 08h46

Após protesto, manifestantes liberam trânsito da Via Dutra no interior de SP

Protesto dos funcionários da GM durou cerca de uma hora.
Por volta das 8h, pista estava com 8 km de congestionamento sentido SP.

Do G1 Vale do Paraíba e Região

Manifestantes atearam fogo em pneus durante protesto (Foto: Reprodução/TV Globo)Manifestantes atearam fogo em pneus durante protesto nesta terça-feira  (Foto: Reprodução/TV Globo)
Trabalhadores da  unidade da General Motors (GM) em São José dos Campos liberaram o trânsito na Via Dutra por volta das 7h30 desta terça-feira (22) após uma hora de protesto que interditou completamente o trânsito da rodovia no interior de São Paulo.
O protesto bloqueou as duas pistas da rodovia e contou com a participação de cerca de 600 funcionários, segundo o  Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Durante a manifestação, eles atearam fogo em pneus e seguraram faixas pedindo a intervenção do governo federal na crise da unidade.
De acordo com a concessionária que administra a Dutra, por volta das 8h,  a pista registrava 8 km de congestionamento na pista sentido São Paulo, entre os kms 131 (Caçapava) e 142 (São José dos Campos). No mesmo horário, a pista sentido Rio de Janeiro registrava  6 km de congestionamento,  entre os kms 142 ao 148, em São José dos Campos, segundo a NovaDutra.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que o protesto foi feito devido a crise que ameaça o emprego de cerca de 1.500 funcionários da unidade. Em assembleia, os trabalhadores do turno da manhã decidiram paralisar as atividades por duas horas. Segundo o sindicato, 94 carros deixaram de ser produzidos neste  período de manifestação.
O presidente da entidade, Antônio Ferreira de Barros 'Macapá', disse que o objetivo do protesto é exigir a intervenção do governo federal na crise que afeta a unidade. "Queremos que a Dilma faça alguma coisa para proibir essas demissões", afirmou ao G1.
Após a manifestação, eles fizeram outra assembleia e decidiram não trabalhar nesta terça-feira. "Vamos fazer a mesma assembleia com os funcionários do turno da tarde", disse Macapá. A assembleia com o turno da tarde será realizada às 15h.

Segundo ele, uma nova rodada de negociação será realizada às 9h desta quarta-feira (23) na sede do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e terá a participação dos  representantes da empresa e prefeitura. Macapá disse ainda que não estão previstas novas manifestações para esta terça-feira (22).
Entenda o caso
Desde agosto de 2012, ocasião em que foi anunciada a intenção de fechar a Montagem de Veículos Automotores (MVA), a empresa mantém 770 funcionários afastados em layoff - suspensão temporária dos contratos de trabalho. Outros 700 são mantidos na linha, que terá as atividades encerradas no próximo dia 26 de janeiro.
Procurada, a GM não comentou o assunto até as 8h.  Em outras ocasiões, a empresa já havia negado a intenção de transferir a produção do MVA da unidade de São José dos Campos para Rosário, na Argentina. A informação vem sendo divulgada pelos sindicalistas desde o início da tensão com a empresa, em julho de 2012.

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