terça-feira, 13 de novembro de 2012

+ Manuella Suhet Mantilla, mais uma estrela no céu!!!


dia a dia
13/11/2012 10:56

Em carta emocionada, pai se culpa por morte

Comerciante esqueceu filha no carro. No Facebook, ele diz: ‘eu nunca quis te causar nenhum mal’DIÁRIO DE S. PAULO
Reprodução/G1A pequena Manuella ficou cerca de quatro horas no carro e morreu asfixiadaA pequena Manuella ficou cerca de quatro horas no carro e morreu asfixiada
O comerciante Clóvis Perrut Mantilla, de 29 anos, publicou, no domingo, uma carta para a filha no Facebook. A menina foi esquecida por ele, na última quinta-feira, dentro do carro em Volta Redonda, no Sul Fluminense. Na mensagem, introduzida por uma oração, ele assume a culpa pela morte de Manuella Suhet Mantilla, de 10 meses. Na mensagem, Clóvis escreveu que, embora fosse culpado, nunca quis causar nenhum mal a filha. Segundo ele, os 10 meses e 10 dias que passou junto com ela foram os mais felizes da sua vida.
“Senhor, se possível me leva para junto de ti e devolve a minha anjinha de volta para essa terra. Mas se essa não for sua vontade, eu sei que não posso falar mais com ela, só o Senhor pode me ouvir. Então, por favor, leia isso para ela”.

Até as 11h de ontem quase três mil pessoas já haviam compartilhado no Facebook a mensagem de  Clóvis. Nos comentários,  mais de 200 pessoas enviaram condolências à família.
Clóvis deixou a filha dormindo em uma cadeirinha no banco traseiro do seu Honda Civic em uma rua de Volta Redonda e seguiu para um encontro de trabalho. A criança ficou cerca de quatro horas no carro e morreu asfixiada.
O pai deveria ter levado a filha para uma creche e só lembrou dela após a mulher, Camila Suhet Mantilla, de 29 anos, telefonar e o informar que a criança não estava no local. Desesperado, Clóvis acionou um amigo, que tentou resgatar Manuella, quebrando o vidro do carro. Quando chegou no veículo viu a filha desacordada. O próprio pai levou a menina ao hospital, mas ela chegou morta.
Na sexta-feira, o delegado-adjunto da 93 DP (Volta Redonda), Marcio Figueroa, disse que  Clóvis, desesperado com a tragédia, desabafou antes mesmo de prestar depoimento na noite de quinta. “Pode me prender. Eu já sei que a minha maior pena será a perda da minha filha”, disse, segundo o delegado.

O comerciante foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar). Ele pagou fiança de R$ 12,4 mil e responde pelo crime em liberdade. O casal tem um outro filho de 4 anos.

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