sábado, 31 de março de 2012

PIRATARIA, VEJA QUEM SÃO OS INFRATORES


31/03/2012 - 14h49

Reportagem mostra venda de pirataria em prédios públicos

DE SÃO PAULO


Os vendedores de produtos piratas chegam a comercializar seus produtos dentro de prédios públicos, mostra reportagem exibida pelo "SBT Brasil".
Depois de revelar a venda de CDs e DVDs dentro da Assembleia Legislativa de São Paulo, o programa mostra vendedores no Mercado Municipal da Lapa e no Terminal Rodoviário Barra Funda.
Ao visitar a Assembleia meses mais tarde, para saber se a venda continuava, a reportagem ouviu do deputado Roque Barbiere, do PTB: "Se você for analisar, de todos nós que estamos aqui, esse menino [o vendedor de produtos piratas] é o menor dos criminosos".

THE BEATLES - A DAY IN THE LIFE



Música do Dia - A day in the life


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CARLINHOS CACHOEIRA, LOCAL DE GRANDE PROFUNDIDADE E FATAL


Quem tem medo de cachoeira

Bicheiro preso pela PF ameaça empresários e políticos com material explosivo. Gravações estariam escondidas numa chácara em Anápolis

Claudio Dantas SequeiraIstoÉ
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DEVASTADOR
Pivô do escândalo que levou à queda de Waldomiro Diniz da Casa Civil em 2004,
Carlinhos Cachoeira diz ter em seu poder novos grampos contra políticos
Nas últimas semanas, a revelação das conexões do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos, empresários e policiais estremeceu a capital federal. O arsenal de informações contidas no inquérito da Operação Monte Carlo foi tão devastador que conseguiu silenciar uma das principais vozes da oposição, o senador Demóstenes Torres (DEM/GO). O parlamentar, porém, pode não ser o único a cair em desgraça sob a acusação de manter ligações perigosas com o contraventor. Para tentar entender por que Cachoeira atemoriza tanta gente, mesmo isolado numa pequena cela do presídio federal de Mossoró, Rio Grande do Norte, ISTOÉ ouviu pessoas ligadas a ele. Os relatos dão conta de um esquema milionário que abasteceu o caixa 2 de diferentes partidos. Os pagamentos eram acertados pelo próprio Cachoeira com os arrecadadores de campanha. E o que mais provoca temor em seus interlocutores e comparsas: a maioria dessas negociatas foi devidamente registrada pelo empresário da jogatina.

Em pouco mais de uma década, o bicheiro acumulou um vasto e explosivo acervo de áudio e vídeo capaz de comprometer muita gente graúda. Na operação de busca e apreensão na casa de Cachoeira no início do mês, a PF encontrou dentro de um cofre cinco CDs avulsos.
No entanto, outra parte do material – ainda mais explosivo – estava escondida em outro lugar, uma chácara em Anápolis (GO). O local sempre serviu como espécie de quartel-general para reuniões do clã Cachoeira, além de esconderijo perfeito para seu acervo de gravações. Conforme apurou ISTOÉ, nos vídeos que ainda estão em poder de Cachoeira não constam apenas reuniões políticas ou pagamentos de propina. Lá há registros de festinhas patrocinadas por ele com a presença de empresários e políticos. Uma artilharia capaz de constranger o mais desinibido dos parlamentares.
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FIM DE LINHA
Flagrado em conversas nada republicanas com o contraventor, o senador Demóstenes
Torres deixou a liderança do DEM no Senado. Constrangido, avalia renunciar ao mandato
O modus operandi de Cachoeira não é novidade. Em 2004, uma dessas gravações deflagrou o escândalo que levou à queda de Waldomiro Diniz, ex-assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu. Depois do escândalo, ele foi para a Argentina, de onde passou a operar. No Brasil, quem gerenciava o jogo para o bicheiro, num esquema que movimentou R$ 170 milhões em seis anos, era seu braço direito Lenine Araújo de Souza. Cachoeira também contratou arapongas bastante conhecidos em Brasília, como Jairo Martins, o sargento Dadá e o ex-delegado Onésimo de Souza. Consta do inquérito da PF que pelo menos 43 agentes públicos serviam a Cachoeira.“Quem detém informação tem o poder”, dizia o bicheiro. Antes de ser preso, ele recebia mensalmente gravações e um relatório dos monitoramentos dos alvos e dava novas diretrizes de ação, inclusive a elaboração de perfis de autoridades de interesse. Boa parte disso está guardada em seu QG, a chácara em Anápolis. Este mês, dois novos vídeos circularam na imprensa. Neles, o bicheiro conversa com o deputado federal Rubens Otoni (PT- GO) sobre pagamentos para a campanha do petista. Até agora, Otoni não se explicou. A divulgação da conversa com Otoni, porém, foi uma pequena amostra do poder do bicheiro. Apenas um dos vários recados que ele enviou a Brasília desde que foi preso em fevereiro. Pessoas próximas a Cachoeira dizem que ele ainda tem muita munição. As mensagens foram captadas pela cúpula petista, que acionou o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Ele reuniu-se com a mulher de Cachoeira, Andressa, no último dia 21, e pediu que convencesse o marido a se controlar, com a promessa de que conseguiria retirá-lo da cadeia em breve. Andressa voou para Mossoró e deu o recado de Thomaz Bastos ao bicheiro. Desde então, ele silenciou à espera do habeas corpus.

Ao mesmo tempo, porém, Carlinhos Cachoeira mandou espalhar que possui gravações contra políticos de um amplo espectro partidário. É o caso, por exemplo, dos integrantes da chamada bancada do jogo que defendia a regularização dos bingos no País. Além do deputado goiano Jovair Arantes (PTB), arrolado no inquérito da Operação Monte Carlo, mantinham contatos frequentes com Cachoeira os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Lincoln Portela (PR-MG), Sandro Mabel (PR-GO), João Campos (PSDB-GO) e Darcísio Perondi (PMDB-RS). Todos têm mantido silêncio absoluto sobre a prisão de Cachoeira.
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ALVOS 
Segundo a PF, Cachoeira teria alimentado campanhas do governador
de Goiás, Marconi Perillo (acima), e do deputado petista Rubens Otoni (abaixo)
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A lei do silêncio foi seguida também pelo senador Demóstenes, que, além de presentes, teria recebido pelo menos R$ 1 milhão do esquema do bicheiro. Para investigar essas e outras, Demóstenes teve seu sigilo bancário quebrado pelo STF na quinta-feira 29. Outro que em breve terá de se explicar é o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo. Segundo o inquérito da PF, Cachoeira indicava pessoas para cargos de confiança no governo Perillo. A PF suspeita ainda que o dinheiro repassado por Cachoeira às campanhas de vários políticos viria não só da contravenção, mas de contratos entregues a empreiteiras para quem o bicheiro serviu de intermediário.
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VISITE A CAPELA PALATINA, NA SICÍLIA


Dilma está em Palermo para visitar a Capela Palatina (c.1130/1140)

De volta da Índia, a presidente Dima Rousseff acaba de desembarcar em Palermo, capital da Sicília. Seu avião está sendo reabastecido. Enquanto isso, ela se desloca para o centro da cidade onde visitará um dos bens mais preciosos da Humanidade - a Capela Palatina.
Todo o interior do templo é recoberto por refulgentes mosaicos do século XII, que só encontram paralelo nos de Ravenna e Constantinopla: os mosaicos representam cenas do Antigo e do Novo Testamento e os Atos dos Apóstolos. Nossos olhos descobrem, a cada centímetro, uma maravilha a mais (foto principal). 
Dedicada a São Pedro a capela, de decoração árabe e normanda, é dividida em três naves divididas por dez colunas de granito vindas do Oriente, que sustentam a cúpula que a protege (foto acima)
A figura central, o foco que a todas domina, é o Cristo Pantocrator, que vemos no altar-mor e no teto. As cores dos mosaiscos são profundas e vívidas e o ouro e a prata colaboram para o efeito quase mágico (fotos abaixo).
 altar-mor (1)
o teto da nave principal (2)
O teto de madeira trabalhada em alvéolos é composto em grupos de quatro octógonos que formam uma estrela, de inspiração islâmica mas dispostos de modo a formar uma cruz, símbolo dos cristãos. As pinturas na madeira são preciosas pela raridade dos temas, sobretudo em igrejas cristãs: cenas de caçadas, de danças, até de um piquenique num harém. Mas são excepcionais também na arte islâmica, especialmente em um edifício religioso. Simbolizam a vida após a morte e as delícias do Paraíso, conceito comum às duas religiões monoteístas.
O piso em mármore de várias cores forma desenhos geométricos de beleza extasiante e a palavra aqui não é usada em vão.
O trono real, elevado e colocado no vão central da nave, ao nível do coro, lembra a tipologia carolíngea. A analogia é completada pelos mosaicos colocados acima do trono e que representam o Cristo em toda sua majestade. O candelabro do círio pascal é um exemplo refinado da escultura do século XII.
O interior da capela fez com que o grande escritor e contista francês, Guy du Maupassant, em 1885, a tenha definido como “A mais bela igreja do mundo, a mais surpreendente joia religiosa imaginada pelo homem”.
 
colunas e arcos que sustentam a cúpula (3)
A história da Sicília, por sua localização, é uma sucessão de invasões e lutas por povos mediterrâneos que procuravam expandir suas terras e seus domínios. Durante muitos séculos os gregos foram seus senhores a ponto de Siracusa ser considerada rival de Atenas. No correr do tempo os gregos enfrentaram e perderam a ilha para os romanos que por sua vez a perderam para os bizantinos e esses para os árabes.
Em Palermo foram os árabes que construiram o Qasr, palavra que significa castelo–fortaleza: quando os normandos invadiram a ilha, em 1072, sob o domínio do rei Rogério II d’ Altavilla, trataram de ampliar e transformar o Qasr no Palácio Real que iria abrigar a maravilhosa Capela Palatina.
É o encontro das culturas bizantina, árabe e latina que consegue o que parece ter sido a pretensão de seus religiosos e artesãos: juntar a terra ao céu e o homem a Deus. A luz do sol, que chega ali tenuemente filtrada, colabora para tornar o ambiente imaterial, espiritual, fantástico.

Capella Palatina, Palácio Real, Palermo, Sicília
Fotos instagram 1,2 e 3 - Ricardo Noblat






TELEVISÃO BRASILEIRA

Emissora de TV.gif Televisão no Brasil Emissora de TV.gif




TV pós-Globo.
Se você não tem mais paciência para assistir estes canais pagos ou da tv aberta, gugus, faustões, etc... e muitas outras tranqueiras mais, deveria ouvir rádio.

Acesse: http://movimentobrasileirosunidos.blogspot.com.br/

OLDIES 104 RADIO KANSAS - EUA

P O D R I D Ã O, P O D R I D Ã O, P O D R I D Ã O, P O D R I D Ã O...


Corrupção

Em fitas, Demóstenes age como sócio de Cachoeira

Gravações da Polícia Federal, obtidas com exclusividade por VEJA, revelam novas conversas sobre negócios entre Demóstenes Torres e o contraventor Carlos Cachoeira e complicam ainda mais a situação do parlamentar

Demóstenes e Carlos Cachoeira usavam telefones codificados para garantir a privacidade de suas conversas
Demóstenes e Carlos Cachoeira usavam telefones codificados para garantir a privacidade de suas conversas (Andre Coelho/ Ag. Globo Joedson Alves/AE)
Mesmo no tolerante mundo da política brasileira, certos tipos de relacionamento costumam ser fatais para a reputação de homens públicos. Um congressista usar do cargo para defender interesses privados em troca de benefícios materiais é inaceitável em qualquer ambiente que preze minimamente os valores republicanos. A situação torna-se ainda mais insustentável quando o congressista pilhado nesse tipo de comportamento é, aos olhos do grande público, o mais ardoroso defensor da moral e dos bons costumes. Coloque-se do outro lado da relação promíscua um contraventor acusado de comandar uma máfia especializada em jogos ilegais e negócios suspeitos com o poder, e abrem-se para o congressista os portões dos mais profundos círculos infernais de Dante — os da fraude e da traição. Estrela da oposição, intransigente defensor da ética e crítico ferrenho do comportamento dos colegas, o senador Demóstenes Torres é um político nessas circunstâncias, que só pioram para ele à medida que se revela a natureza de sua relação com o contraventor goiano Carlinhos Cachoeira, que está preso.
Pilhado em uma investigação da Polícia Federal que mapeou os negócios de Cachoeira, Demóstenes Torres viu sua biografia virar pó desde que começou a ser revelada a amplitude de suas relações com o contraventor. Descobriu-se que o senador — que em público tinha um comportamento reto, vigilante — possuía uma conduta bem diferente no ambiente privado. Conforme VEJA revelou em sua edição de 7 de março passado, Demóstenes gozava da intimidade do contraventor, com quem falava em média duas vezes por dia, e dele recebeu de presente uma geladeira e um fogão importados avaliados em 30 000 reais. Amigos de posses podem muito bem se presentear com fogões e geladeiras desse valor. Mas a situação do senador se complicou com a revelação de que entre ele e o contraventor existia mais do que amizade. Existia uma sociedade de interesses mútuos — o contraventor dava presentes e dinheiro; o senador retribuía advogando em favor dos negócios do sócio.
Breno Fortes/CB/ D. A Press
Assessores de Cachoeira indicando nomes para  o governo de Brasília
"Esse documento aí é para botar na mão do Marcelão (...) Ele vai direto no gabinete do governador (Agnelo Queiroz, na foto). São os nomes que a gente quer."
VEJA obteve cópias de áudios gravados pela polícia que evidenciam a natureza da relação comercial entre os dois. Nas gravações, Demóstenes se comporta como sócio de Cachoeira.
DIÁLOGO GRAVADO EM 14 DE ABRIL DE 2011
Demóstenes usa o cargo de senador para ajudar o contraventor Carlinhos Cachoeira, também dono de laboratório farmacêutico, a resolver problemas da empresa na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Demóstenes — Fala, professor!
Cachoeira — Doutor, aquele negócio daquele rapaz do Enio que trabalha na Anvisa, pô. Podia pôr ele com o Wladimir aí pro Wladimir olhar nossas coisas com ele. O tal de Rech (segundo a PF, Norberto Rech, diretor adjunto da Anvisa).
Cai a ligação e em seguida eles voltam a se falar:
Demóstenes — Ô, professor! Tá ouvindo aí?
Cachoeira — Tô ouvindo. Aquele... o Norberto... Você teve com ele ontem pra olhar aqueles trem que eu te pedi?
Demóstenes — Tive com ele e ele me disse o seguinte: ele quer fazer com vocês uma coisa até melhor. É... Quer fazer uma agenda programada. Cê vai pegar tudo o que cê tem que vai ser renovado e já vai começar a tocar agora (...) E o que que eu disse para ele? Que você tem uma possibilidade de montar uma indústria lá em Santa Catarina, certo? Aí alimenta essa esperança no sujeito aí e vai tocando o bonde. Vou falar pra ele receber o Wladimir, falou?
Cachoeira — Aí hoje ele vai com... ele... O Wladimir tá indo lá hoje. Aí o Adriano vai com ele, entendeu? Aí já vê tudo!
Demóstenes — Tá. Eu vou marcar lá. Falou? E te ligo.
Dez minutos depois, o senador retorna o telefonema, já com a resposta. Ao se referir aos interesses do laboratório de Cachoeira, Demóstenes fala na primeira pessoa do plural:
Demóstenes — O Norberto tá esperando os dois lá às 2 da tarde. Eu falei pra ele (...) que a empresa está disposta a montar uma unidade lá em Santa Catarina. Então fala pro Wladimir dar corda nisso aí e depois nós descemos lá em Santa Catarina e falamos com o Enio, falamos com ele. Cê entendeu? Faz um acerto mais amplo. Entendeu?
Cachoeira — Excelente, doutor. Obrigado!
Ouça as gravações:


Parte 1:



Parte 2:



Parte 3:

DIÁLOGO GRAVADO EM 11 DE ABRIL DE 2011
Desta vez, é Demóstenes quem procura Cachoeira, interessado em arrumar contratos em Mato Grosso para uma agência de publicidade amiga.
Demóstenes — Mestre, é o seguinte: a gente tem uma agência de publicidade querendo entrar lá no Mato Grosso. Você acha que consegue?
Cachoeira — Quem tem?
Demóstenes — Amigo nosso.
Cachoeira — Pode ser. Vou olhar isso agora. Se for interesse seu...
Demóstenes — Tá licitando para a Copa. Acho que é um negócio bacana.
Cachoeira — Acho que eu consigo. Vou olhar agora.
(...)
Demóstenes — Vou dar uma passada aí então para falar sobre isso, pode?
Cachoeira — Tá bom, tô te esperando.
Ouça as gravações:


Parte 1:



Parte 2:

DIÁLOGO GRAVADO EM 14 DE ABRIL DE 2011
Demóstenes novamente presta favores a Cachoeira e seus amigos. Desta vez, ao receber pedido para solucionar uma demanda de um colega do contraventor no Ibama, ele oferece uma solução ainda melhor: ir por cima e conversar direto com a ministra do Meio Ambiente, com quem diz ter uma relação muito boa.
Cachoeira — O Rossini vai tá aí amanhã pra ir lá no Ibama.
Demóstenes — Uai, tranquilo!
(...)
Cachoeira — No Ibama. Já tá marcado lá. Você podia acompanhar ele lá.
Demóstenes — Ah, tá. Que horas?
Horas depois, a dupla volta a tratar do assunto:
Demóstenes — Tô achando que este trem de Ibama não vai resolver nada pra ele, não. Tô às ordens, mas acho que é melhor ir por cima. Eu tenho acesso bom à ministra.
Cachoeira — À ministra?
Demóstenes — Ministra! A ministra lá do Meio Ambiente. O Ibama é subordinado a ela, uai!
Cachoeira — Agora. Vou falar pra ele te chamar aí. Obrigado aí!
Ouça as gravações:


Parte 1:



Parte 2:



Dida Sampaio/AE
Cachoeira definindo cargos no governo  de Marconi Perillo (foto), em Goiás
"A Rosana pode ser um salário de 2 000. A Vanessa é gerência, tá? A Renata é um salário de 2 000, não precisa ser gerência, não. O Édson, cargo de gerência."
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal abriu inquérito para investigar Demóstenes. "Meu cliente é vítima de uma investigação ilegal", afirma o advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro. A investigação promete causar danos também em outras frentes. Os grampos telefônicos põem na cena da máfia os governos de Brasília, comandado por Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, controlado por Marconi Perillo (PSDB). Em Brasília, as escutas indicam que o grupo tinha acesso ao gabinete de Agnelo. Inclusive para fazer indicações políticas. "Esse documento aí é para botar na mão do Marcelão (...) Ele vai direto no gabinete do governador", diz o araponga Idalberto Matias, o Dadá, um dos capangas de Cachoeira. "São os nomes que a gente quer", afirma.
O governador Agnelo negou a VEJA qualquer relação com a tropa de Cachoeira. Em Goiás, as investigações mostraram que o ponto de contato entre Ca­choei­ra e o governador Marconi Perillo era um ex-vereador de Goiânia. Também lá o contraventor decide nomeações — e diz até que cargos cada indicado vai ocupar e quanto vai ganhar. O governador de Goiás também nega ligação com Cachoeira e diz que combate "toda sorte de crimes e contravenções".







http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/o-senador-desce-aos-infernos