domingo, 27 de fevereiro de 2011

TREM BALA É UMA LOUCURA

"O trem bala é uma loucura", diz senador Aloysio Nunes


Congressista defende implantação de trens regionais como alternativa ao TAV

26/02/2011 - 19:13

EPTV


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Durante visita à Campinas neste sábado (26), o senador Aloysio Nunes criticou o projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV), que vai ligar as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. "O trem bala é uma loucura", disse. Usando tecnologia de ponta, o trem bala - como é popularmente conhecido - é capaz de atingir 350 km/h.


O senador defende que o Brasil dobre a sua malha ferroviária e volte a ter trens regionais como no passado. "O Brasil precisa de um trem convecional, que atinge a velocidade de até 150 km/h, como os utilizados nos Estados Unidos e na Europa. Além de ser mais barato em relação ao TAV, ele atenderia melhor as necessidades dos brasileiros", explicou Aluysio Nunes.

O argumento de que o TAV será uma alternativa para o transporte de turistas que visitarão o Brasil em 2014, durante a Copa do Mundo de 2014, e em 2016, nos Jogos Olímpicos, não é suficiente segundo o senador. "Temos que pensar em um país da vida cotidiana, e não dos eventos". Ele sugere a ligação de Campinas a São José dos Campos por um trem convencional. O projeto custaria em torno de R$ 350 milhões, ao invés dos R$ 12 bilhões previstos para a execução das obras do trem bala.


A licitação para as empresas interessadas em financiar o projeto do TAV foi aberta em dezembro de 2010, mas em seguida foi suspensa porque apenas uma empresa apresentou proposta. De acordo com o senador Aluysio Nunes, ainda não se sabe se a demanda vai cobrir os investimentos que serão necessários para a execução do projeto. Ele diz que a maior parte do dinheiro que será investido terá como fonte os cofres públicos, e que por isso a verba poderia ser investida em outros setores, como reformas em aeroportos ou em trens regionais. A EPTV tentou contato com o Ministério dos Transportes para comentar as críticas, mas não conseguiu. 

2 comentários:

Anônimo disse...

Poderíamos utilizar os trens balas para as maiores distancias e os demais trens regionais fazendo as interligações dentro dos estados, desde que estes fossem de qualidade e com velocidades máxima de 130km/h. Não podemos é continuar transportando pessoas para o trabalho em trens ultrapassados e dando o nome de metrô, além de produzirmos alimentos em alta escala e não termos preço para competir internacionalmente devido os altos custos dos transportes rodoviários.

Leoni disse...

Neste argumento que trens não devem se ligar com aeroportos entendo estar correto, mas quanto esta enrolação entre governos estadual e federal, quem perde é a população, e acabamos ficando só nos discursos, sem nenhuma alternativa.
Planejar trens de alta velocidade TAV antes de trens regionais de passageiros é colocar a carroça na frente dos bois, e se governar é definir prioridades, entendo ser as prioridades no Brasil pela ordem;
1º Trens suburbanos, Metrôs domésticos e VLT Veículos leves sobre trilhos;
2º Expansão da ferrovia Norte Sul rumo ao Triângulo mineiro e Centro norte de SP (município de Colômbia) pelas ferrovias existentes e Ferroanel com rodoanel integrados com ligação Parelheiros Itanhaém, para cargas e passageiros;
3º Trens regionais de passageiros pendulares com dois andares (double decker);
4º TAV (Acima de 250 km/h), não existe nas Américas, inclusive nos EUA. (Somente após os três primeiros estiverem consolidados)
E com relação ao cenário mundial seria;
1º Integração Nacional;
2º Integração Sul Americana;
Trens de passageiros regionais são complementares e não concorrentes ao futuro TAV, pois servem as cidades não contempladas, inclusive Campinas com mais de 1,2 milhões de habitantes e potencial econômico maior do que alguns estados, e muitas capitais do Brasil, portanto comporta as duas opções simultaneamente.
Pelo proposto as mesmas composições atenderiam de imediato aos trens regionais planejados nas maiores cidades brasileiras ~150 km/h utilizando alimentação elétrica existente em 3,0 kVcc, a curto prazo, já dando a diretriz do Plano Diretor quando fossem utilizadas no TAV, aí utilizando a tensão e corrente elétrica de 25 kVca, com velocidade max. de 250 km/h, uma vez que já foi determinado pela “Halcrow” velocidade média de 209km/h para o percurso Campinas Rio previsto para após o ano de 2020, se não atrasar como a maioria das obras do PAC, ou seja longo prazo, este modelo é inédito no Brasil, porém comum na Europa.
Para esclarecer; Não se deve confundir os trens regionais de até 160 km/h com os que existiam antigamente no Brasil, e com este que esta sendo implantado pela Vale que chegam a no máximo aos 80 km/h por varias razões operacionais, e o fato de trens regionais e TAV serem de operações distintas não justifica que não tenham que se integrar, o que seria uma insensatez sendo que para a estação em SP o local sairá em locais paralelo a CPTM entre Luz e Barra Funda, podendo serem criadas a estação Bom Retiro ou a Nova Luz, no lado oposto em que se encontra a Júlio Prestes.
Várias montadoras instaladas no tem tecnologia para fornecimento nesta configuração, inclusive os pendulares Acela e Pendolino que possuem uma compensação de suspenção que permite trafegar em curvas mais fechadas, e são mais adequados a topografia brasileira, com altíssima porcentagem de nacionalização.

(continua).