terça-feira, 25 de janeiro de 2011

OBJETO CONTUNDENTE OCASIONOU LESÃO NO ADVOGADO CADEIRANTE

Exame prova lesão na cabeça de cadeirante agredido em SP

FÁBIO AMATO
DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Advogado Anatole Morandini, que foi agredido por delegado em briga por vaga em estacionamento no interior de SPphoto by internet


O exame de corpo de delito a que se submeteu o advogado e cadeirante Anatole Magalhães Macedo Morandini, agredido na semana passada por um delegado em São José dos Campos (SP), apontou que as lesões na cabeça e no rosto foram provocadas por um 'objeto contundente.'

Delegado que bateu em cadeirante é afastado do cargo
Delegado bate em cadeirante em briga por vaga especial
Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress



De acordo com o corregedor da Polícia Civil no Vale do Paraíba, Antonio Alvaro Sá de Toledo, não é possível saber, por meio do exame, se as lesões foram provocadas pela coronha de um revólver, como afirmam Morandini e testemunhas da agressão.

Toledo disse, porém, que as provas já levantadas são suficientes para descartar a hipótese de que o próprio cadeirante tenha provocado os ferimentos.

A Secretaria de Segurança Pública informou que o delegado 'sofreu afastamento total' de suas funções por 30 dias. Isso significa que o delegado Damasio Marino não cumprirá sequer funções administrativas neste período.

No dia 17 de janeiro, Morandini repreendeu o delegado por estacionar em uma vaga especial destinada a deficientes físicos.

O cadeirante afirma que, depois disso, o delegado o agrediu com coronhadas e bateu com o cano da arma em seu rosto, ameaçando-o.

Por meio de seu advogado, Marino nega as coronhadas, mas admite ter dado 'dois tapas' no cadeirante após ter sido xingado e recebido uma cusparada.

O delegado diz que parou na vaga porque acompanhava a noiva, grávida de quatro meses.

Na semana passada, ao ser questionado sobre os ferimentos de Morandini, o advogado do delegado, Luiz Antonio Lourenço da Silva, disse que o cadeirante estava mentindo e que havia provocado 'autolesão'.

Ontem, o advogado de Marino não quis comentar o resultado do exame nem a declaração do corregedor.

Nenhum comentário: